quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Scoop

Londres, crime e suspense parecem formar, definitivamente a nova tríade de Woody Allen. Depois do fabuloso "Match Point", continuam a ser esses os pontos de contacto com este "Scoop" – mas se scoop em português pode ser traduzido para "furo" jornalístico, este é realmente um furo na tensão criada com Match Point. A leveza impera nesta comédia, com ironias que revelam a sua autoria. Outro ponto comum dá pelo nome de Scarlett Johansson – e que ponto – Scarlett é o tipo de mulher que tem uma sensualidade da qual um homem sabe como fugir… Mas simplesmente não quer. “Não consigo tirar da cabeça a sua imagem em fato de banho” diz Hugh Jackman – pudera. Esta mulher tem uma sensualidade especial, perturbadoramente irresistível.


Quanto ao filme propriamente dito, não é uma obra-prima, mas é divertido, tem momentos únicos – o texto de Woody Allen é sempre surpreendente. E para além de Scarlett e Woody (que volta a interpretar para além de escrever e realizar) temos ainda o já referido Hugh Jackman – um Wolverine muito “polite”e Ian McShane no papel de fantasma. Ele que protagoniza uma cena fantástica, carregada de humor irónico quando tenta subornar a morte – sublime.

O jornalismo é o tema central do filme, e naturalmente um dos motivos para eu não poder perdê-lo. Assim ainda se tem direito a uma pequena lição de jornalismo enquanto nos divertimos com as peripécias de dois norte-americanos adoptados pela “velha londinium”


Certas frases retiradas de filmes de Woody Allen ficam para a história do cinema, e não só – “Aqui em LA eles não têm lixo nas ruas porque o transformam em programas de televisão” Annie Hall – 1977.

Com um menor nível de exigência neste suave Scoop, ouvir Woody Allen dizer que não engorda porque “A minha ansiedade é como aeróbica, por isso faço exercício” ao seu jeito inconfundível é hilariante.

A forma como o filme termina é absolutamente fantástica, pois o desenrolar da história até não se revela particularmente surpreendente, mas o destino da personagem de Woody… Sim!

“É o problema de isto se passar em Londres. Se fosse na América eu seria um herói, aqui conduzem ao contrário…”


terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Tio Patinhas e o ouro do Yukon



A corrida ao ouro do Klondike sempre me fascinou. Influências da velhas histórias do Tio Patinhas... Criado por Carl Barks.



Don Rosa conseguiu atribuir uma cronologia às histórias dos "patos" que nunca foi uma preocupação premente nas obras Disney. "A saga do Tio Patinhas" é a obra BD mais premiada de sempre da Walt Disney.

Cada episódio é uma mescla de história real e aventura fantástica. Uma verdadeira obra prima.